A Calêndula é uma flor muito colorida e comestível, aparecendo em algumas saladas ou até mesmo sendo utilizada como pigmento para tingimento de tecidos. É conhecida há séculos pela humanidade por suas propriedades medicinais, principalmente para a pele. Confira neste artigo para que serve, efeitos colaterais e como usar.

 O que é a Calêndula

Se você nunca viu a Calêndula antes, saiba que ela é uma flor de cores intensas, entre o amarelo e o laranja. Há variedades diferentes, mas a que falamos aqui é a Calendula officinalis, lembrando que “officinalis” justamente indica que a planta pode ser utilizada para fins terapêuticos.

Ela faz parte da família Asteraceae e é nativa da Europa Meridional, mas atualmente é cultivada em vários lugares do mundo, incluindo o Brasil — especialmente no Sul. Tem preferência por solos argilosos e bem drenados, adequada a climas temperados — embora que também necessite de exposição solar.

Seu nome vem da palavra latina “Calendae“, que significa o primeiro dia de cada mês, e associação foi feita porque essa planta floresce o ano inteiro. É dessa mesma palavra latina que surgiu também a palavra “calendário”! Ela também tem outros nomes populares, por exemplo maravilha, maravilha-dos-jardins, margarida dourada e malmequer. Em inglês, é conhecida por “marigold”, sendo que esse nome vem da associação da figura cristã Maria com essas flores douradas.

Foi citada por Columela, escritor romano, em “Res rusticas”, obra que trata sobre os trabalhos do campo e agricultura da época; e também por Plínio, o Velho, que escreveu uma enciclopédia chamada “História Natural”. Então dá para ver que as propriedades medicinais da Calêndula são reconhecidas há muito tempo, sendo muito associadas à cicatrização, alívio de úlceras estomacais, ação antisséptica e anti-inflamatória. Agora que você também sabe mais sobre essa planta, veja seus componentes e suas indicações de uso.

Calêndula: para que serve

As partes utilizadas são as partes aéreas da planta — principalmente as flores — e seus componentes são:

• Sesquiterpeno e flavonóides
• Saponinas triterpenóides
• Álcoois de triterpeno
• Carotenóides e xantofilas
• Ácidos fenólicos
• Esteróis, mucilagem, tocoferóis, calendulina

 Existem evidências de base científica que indicam que os álcoois de triterpeno da Calêndula possuem propriedades anti-inflamatórias, mas os constituintes ativos variam de acordo com a idade da planta e a época de colheita.

A Calêndula possui ações:

• Adstringente
• Antifúngica
• Anti-inflamatória
• Antiséptica
• Antiespasmódica
• Diaforética
• Sedativa

 E ela é vendida na forma de Chá, Tintura, Enxaguatório Bucal, Cosmecêuticos (cremes, shampoos e pastas d´água).

Indicações de uso da Calêndula

De modo geral, a Calêndula é utilizada popularmente para tratar a pele devido sua ação cicatrizante e antisséptica. Ela é capaz de tratar:

• Abscessos
• Feridas infectadas
• Dermatites
• Queimaduras
• Gengivite (uso do enxaguatório bucal composto)
• Aftas
• Picadas
• Dores gastrointestinais

 Em uso cosmético, pode ser aplicada em todos os tipos de pele por estimular a regeneração e ainda ter efeito calmante.

• Peles sensíveis e secas (seja por clima seco ou não)
• Peles irritadas e acneicas

 Existem estudos iniciais sobre a absorção de raios ultravioletas por cremes feitos com Calêndula, mas ainda é cedo para afirmar que pode ser usado com a mesma eficácia como um protetor solar.

No caso de ferimentos, a Calêndula atua como regeneradora porque atua em certas etapas da cicatrização:

• Epitelização (formação de barreira superficial contra bactérias)
• Angiogênese (recuperação/formação de vasos sanguíneos)
• Fibroplasia (produção de colágeno)
• Granulação (formação de novo tecido, ainda rosado)

 Ela também estimula a circulação local, a cicatrização e a formação de colágeno.

Calêndula: efeitos colaterais e contraindicações

De um modo geral, recomenda-se que pessoas sensíveis ou alérgicas à Calêndula evitem o consumo do chá e seus derivados, assim como gestantes e lactantes. Não existem pesquisas suficientes para avaliar a segurança de seus efeitos em pessoas que já estejam utilizando medicamentos sedativos ou em crianças.